Cestinha

E de repente entrando em uma loja que vende de tudo, em São Paulo, no bairro do Paraíso, dei de frente com um objeto de infância. Uma cestinha (para pães, frutas e tudo mais) de plástico vagabundo, mas com um valor sentimental inestimável.

Me veio de imediato a lembrança da cesta que minha mãe usava na cozinha com frutas, e algumas vezes vinha até à mesa com pães ou bolachas. A dela era de cor rosa clarinho, o plástico me parecia mais forte, mas talvez fosse minhas mãos de primeira infância que tinha outra relação com o objeto. Talvez …!

Por muitas vezes na minha vida acompanhei aquele ritual do vai e vem da cestinha rosa entre a cozinha e a sala de jantar. Tinha esquecido dela e do ritual, mas como nossa memória afetiva é estimulada diante de um objeto, uma lembrança, um barulho, um odor, um sabor, tudo vem e tudo fica como se fosse ontem, como se fosse hoje, como se pudéssemos voltar ao tempo e viver tudo outra vez.

Claro que sair da loja com várias cestinhas, agora mais frágeis, talvez devido as minhas mãos firmes que estabeleceram uma nova relação com o objeto. As cores também mudaram, agora são fortes e berrantes.

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