Atole, Tamale e Guanolato – CDMX / México

Encontrei vários vendedores de rua na Cidade do México, com suas bicicletas montadas com recipientes para venda de “Atole”, “Tamale” e “Guanolato”. Eles também podem ser encontrados em barraquinhas fixas ou em restaurantes e lanchonetes. As 3 iguarias mexicanas é a base do café da manhã de muitos moradores das cidades do país. Segundo o vendedor que está na foto, a combinação das 3 fornecem nutrição e disposição para enfrentar o dia de trabalho.

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Atole é uma bebida quente, tradicionalmente feita com milho, originária da culinária do México da era pré-colombiana, mas popular em vários países da América Central. Existem muitas versões desta preparação, usando milho branco, amarelo ou azul. A praticidade destruidora das tradições culinárias já introduziu maizena e até farinha de arroz no preparo. Na cidade de Tarecuato, Michoacán, se faz a Feira do Atole, no dia 19 de março, onde se servem mais de 40 variedades e é coroada a “Rainha do Atole”. É preparado fervendo a farinha em água até obter uma bebida espessa e homogénea, que pode depois ser misturada com vários ingredientes. Normalmente é adoçada com açúcar ou mel, mas pode também levar leite, “aguamiel” (a seiva doce de alguns Agaves), chocolate, frutas, nozes, baunilha ou canela. Alternativamente, pode ser temperada com sal, malaguetas, feijão, ou casca de árvore (principalmente “mesquite”) cozida. O atole de chocolate é um dos mais populares e tem o nome de “champurrado”, que já foi industrializado no México. Outra forma de servir o atole é batido até ficar em espuma.

Alguns tipos de atole com nomes indígenas são:

  • “Quauhnexatolli” ou “atole de árvore” (a tradução é “atole de cinza”);
  • “Xocoatolli” ou “atole amargo”, feito com farinha de milho negro e fermentado antes de servir; normalmente temperado com sal e malagueta, popular no estado de Tabasco;
  • “Ayocomollatolli” ou “chillatolli” (nome mais genérico para atole com malagueta) com feijão cozido e “epazote” (uma amarantácea conhecida no Brasil como “erva-de-santa-maria, cientificamente Dysphania ambrosioides);
  • “Chinatolli”, com sálvia moída (também pode levar malagueta);
  • “Nequatolli” ou “atol con miel”, aromatizado com hidromel (uma bebida alcoólica à base de mel);
  • “Ollontolli” ou “atole de olotes”, com grãos de milho torrados até ficarem quase negros e seguidamente moídos, por vezes temperado com malagueta amarela do tipo “chilhuacle”.

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Tamal ou Tamale têm origem na Mesoamérica entre 8000 e 5000 a.C., onde as civilizações Maia e Asteca utilizavam-nos como uma comida portátil para alimentar os seus exércitos, sendo também utilizado pelos caçadores e viajantes. É feito normalmente com uma massa à base de milho, que pode ser cozida a vapor, ou então fervida num invólucro, folhas de milho, mandioca, bananeira, abacate e até de papel alumínio ou plástico, e que é retirado antes de ser consumido. Os tamales podem conter carnes, queijos, frutas, legumes, pimentas ou qualquer outra preparação doce ou salgado).

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Guajolota, também conhecida como torta de tamal, é uma forma de comida de rua comumente encontrada na Cidade do México e nos estados mexicanos. É essencialmente um sanduíche composto por um tamal colocado dentro de um pão.

As 3 iguarias formam, então, a tríade do café da manhã de vários cidadãos mexicanos, onde tomam-se atole e comem-se guajolota (sanduiche de tamale). Por ser uma comida de rua, não implica que seja um hábito restrito as classes sociais com menor poder aquisitivo. Seria o mesmo que afirmar que comidas de rua do Brasil, como acarajé, milho assado, amendoim cozido, bolo e muitas outras, são restritas de uma determinada classe social.

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Ref: Wikipedia

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