Comida Afetiva, Capeba e Mingau de Cachorro

Nas bancas no domingo (12 de dezembro) a revista Época, com uma matéria sobre COMIDA AFETIVA. A repórter Flávia Pinho (com belas fotos do Rogério Voltan) apresenta uma abordagem interessante de restaurantes paulistanos que fazem sucesso cozinhando receitas de família como antigamente. Dos cinco citados (AMICI/5641-9110, BETH COZINHA DE ESTAR/3073-0354, CASA DA LI/3871-1002, DALVA E DITO/3068-4444 e LÁ NA VENDA/3037-7702), posso atestar dois; o Dalva e Dito e o Lá na Venda, este último com decoração super afetiva e com venda de coisinhas de “casa de mãe”. Outra curiosidade do Lá na Venda é o “Bolo de Nada”, mas vamos deixar para outros posts a apresentação destes restaurantes afetivos e voltar à matéria da Época, onde temos uma definição muito legal para Comida (ou Cozinha ou Culinária) Afetiva: “Mais do que uma culinária farta e descomplicada, trata-se de uma derivação da comida caseira e envolve necessariamente uma boa dose de emoção, bem como lembranças afetuosas – tanto de quem cozinha quanto de quem come.”

Outro destaque da reportagem é o depoimento do Alex Atala: “Todas as grandes cozinhas do mundo, a exemplo da japonesa e da italiana, usam como base a comida familiar”, diz. “Acho o termo comfort food, em inglês, horrível, mas é bom que estejamos finalmente aprendendo a valorizar os sabores que formaram o nosso paladar.

Horrível mesmo o termo comfort food para definir nossa comida caseira, nossa cozinha afetiva nacional. Não define nada. Sempre associei este termo à “comida de hospital” ou uma comidinha para tratar uma “dorzinha de barriga”. Na minha infância fui tratado muitas vezes com “mingau de cachorro” e “chá de capeba”, um ato muito afetivo da minha mãe, que usava da sua sabedoria popular na condução das pequenas enfermidades caseiras. Bem, acho que estas comidinhas e bebidinhas medicinais até que poderiam ser denominadas de comfort food, pois era um conforto e um alivio a sensação de bem-estar após o tratamento, com recompensa real para cair de cabeça, de boca e de estômago nas verdadeiras COMIDAS AFETIVAS da COZINHA AFETIVA da minha mãe.

Capeba - Planta Medicinal

Receita de Mingau de Cachorro

  • Pegue um dente de alho, pique e coloque no liquidificador.
  • Adicione 2 copos duplos de água.
  • Coloque uma colher de sopa de farinha de guerra (farinha de mandioca).
  • Adicione uma pitada de pimenta do reino, uma pitada de sal e ½ colher de chá de azeite de oliva extra virgem.
  • Bata tudo no liquidificador, coloque em uma panela e leve ao fogo.
  • Deixe chegar ao ponto de fervura, a aparência vai ser de um mingau ralo.
  • Deixe esfriar um pouco e tome como se fosse uma sopa. 

Uma variação deliciosa do Mingau de Cachorro, para não enfermos, é adicionar mais pimenta, sal e uma colher de sobremesa de manteiga. Quebre um ovo dentro da mistura, quando chegar ao ponto de fervura,  continue mexendo. Deixe esfriar um pouco e tome como se fosse uma sopa.

 No link abaixo a matéria completa da revista Época.

http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI194925-16206-1,00-COMIDA+AFETIVA.html

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2 Comentários de “Comida Afetiva, Capeba e Mingau de Cachorro”

  1. estou fazendo e tomando todos os dias.

  2. gostoso demais esse mingau

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